terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Ricardo não descarta “calamidade financeira” para 2017

“Good news is bad news”, brincou o governador Ricardo Coutinho (PSB) ao ser questionando, durante entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (20), sobre a situação financeira do Estado, em decorrência da crise econômica federal. O questionamento foi feito logo em seguida a um balanço positivo apresentado por ele, abordando perspectivas de superávit primário e entrega de obras. Entrando na pauta negativa, o gestor admitiu o risco de decretação de “calamidade financeira” pelo governo do Estado.

“Se as receitas próprias caírem e se os repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) continuarem a cair, não teremos outra alternativa”, enfatizou Coutinho. Os exemplos citados como exemplos do risco, lógico, foram os de estados que já se encontram na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a exemplo de Rio de Janeiro, o primeiro a decretar, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Mas não parou por aí. Há registros de que os estados nordestinos, apesar de mais afetados pela crise, têm apresentado maior controle da crise nas gestões estaduais.

O governador fala em uma pauta econômica dura de agora por diante. Não deve permitir reajuste para os servidores estaduais pelo segundo ano consecutivo, descarta qualquer possibilidade de realização de concursos públicos. O governador alega que já foram cortados mais de 20% do quadro de pessoal desde 2011. Apesar disso, a Paraíba teve a nota rebaixada pelo Tesouro Nacional de B- para C+ por conta do alto comprometimento da receita com a folha de pagamento. O resultado disso é que o estado está impossibilitado de contrair empréstimos internacionais com o aval do governo federal.

Por conta disso, o governador disse que vai reduzir a máquina em 2017, com mais cortes na folha de pessoal. “Não estou aqui (no governo) só para administrar uma folha de pagamento. Os servidores estaduais representam 3% da população do Estado”, disse, lembrando, no entanto, que isso não pode impactar no funcionamento de serviços especiais que o governo pretende implementar, a exemplo dos hospitais que estão sendo construídos.


Blog do Suetoni

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