domingo, 29 de janeiro de 2017

Cidades da PB ficam sem água e moradores recorrem a lama para tarefas de casa

Com mananciais em 0% e sem água potável desde setembro do ano passado, os moradores dos municípios de Jericó e Riacho dos Cavalos, no Sertão paraibano, respectivamente a 430 km e 411 km de João Pessoa, estão tendo que recorrer à água barrenta e com cor de lama para poder realizar as tarefas de casa. 
Em Jericó, o açude Carneiro, que tem capacidade para armazenar 31,2 milhões de metros cúbicos (m³) está com 0%. Já em Riacho dos Cavalos a situação é a mesma, com o açude Riacho dos Cavalos, com capacidade de armazenar 17,6 milhões de m³, também em 0%.
Em ambos os casos a água que abastece a população é de carros pipa e tem origem em outros açudes da região. Porém, a água tem cor de lama, mesmo passando por tratamento da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa).
Ao Portal Correio, a Cagepa afirmou que a suspensão do abastecimento através dos açudes foi determinada em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a companhia e o Ministério Público da Paraíba (MPPB) por conta da má qualidade da água.
Mas, a companhia afirmou que a população, mesmo sabendo que a água seria inapropriada, solicitou tratamento para que pudesse realizar tarefas domésticas.
“A Cagepa suspendeu o abastecimento de água das cidades, devido resultados insatisfatórios da qualidade da água. As contas foram suspensas, mas a população requereu a reativação do sistema (que trata a água vinda dos cacimbões). Não garantimos o fornecimento de água de qualidade. A água distribuída é para utilização de fins menos nobres”, informou a Cagepa.
Para consumo, a população tem comprado água potável vendida por donos de cacimbões em municípios próximos, chegando a gastar R$ 300 por mês.

Portal Correio tentou contato com as prefeituras locais para saber o que as administrações municipais estão fazendo para amenizar a falta de água, mas até a publicação desta matéria as ligações não foram atendidas. 
BLOG DO RILDO

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