Com mananciais em 0% e sem água potável desde setembro do ano passado,
os moradores dos municípios de Jericó e Riacho dos Cavalos, no Sertão
paraibano, respectivamente a 430 km e 411 km de João Pessoa, estão tendo
que recorrer à água barrenta e com cor de lama para poder realizar as
tarefas de casa.
Em Jericó, o açude Carneiro, que tem capacidade para armazenar 31,2
milhões de metros cúbicos (m³) está com 0%. Já em Riacho dos Cavalos a
situação é a mesma, com o açude Riacho dos Cavalos, com capacidade de
armazenar 17,6 milhões de m³, também em 0%.
Em ambos os casos a água que abastece a população é de carros pipa e tem
origem em outros açudes da região. Porém, a água tem cor de lama, mesmo
passando por tratamento da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba
(Cagepa).
Ao Portal Correio,
a Cagepa afirmou que a suspensão do abastecimento através dos açudes
foi determinada em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a
companhia e o Ministério Público da Paraíba (MPPB) por conta da má
qualidade da água.
Mas, a companhia afirmou que a população, mesmo sabendo que a água seria
inapropriada, solicitou tratamento para que pudesse realizar tarefas
domésticas.
“A Cagepa suspendeu o abastecimento de água das cidades, devido
resultados insatisfatórios da qualidade da água. As contas foram
suspensas, mas a população requereu a reativação do sistema (que trata a
água vinda dos cacimbões). Não garantimos o fornecimento de água de
qualidade. A água distribuída é para utilização de fins menos nobres”,
informou a Cagepa.
Para consumo, a população tem comprado água potável vendida por donos de
cacimbões em municípios próximos, chegando a gastar R$ 300 por mês.
O Portal Correio tentou
contato com as prefeituras locais para saber o que as administrações
municipais estão fazendo para amenizar a falta de água, mas até a
publicação desta matéria as ligações não foram atendidas.
BLOG DO RILDO
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