Professores da UEPB suspende greve que durava cinco meses
Os
professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) decidiram
suspender a greve, que completa cinco meses nesta quinta-feira (19).
Durante assembleia realizada na manhã desta quitna-feira, os professores
decidiram retomar o trabalho e aguardar o cumprimento do acordo por
parte do governo do Estado. As aulas vão ser retomadas na segunda-feira
(23).
A greve da UEPB
começou no dia 19 de junho e desde então todas as atividades nos oito
campi da instituição estavam com suas atividades paralisadas por tempo
indeterminado. A greve afetou mais de 24 mil alunos nos campi da
instituição em Campina Grande, Lagoa Seca, Catolé do Rocha, Araruna,
Guarabira, João Pessoa e Monteiro.
Durante toda a
greve, houve conversas entre docentes e reitoria, mas as negociação não
avançaram. No dia 26 de outubro, professores do comando de greve
ocuparam a reitoria da UEPB, em Campina Grande, e pediam uma negociação
urgente entre reitoria e governo estadual para pôr fim a greve.
No dia 4 de
novembro, os professores marcaram uma assembleia-geral na frente do
prédio da reitoria para debater a greve. Antes do início da reunião,
houve confusão entre alunos e docentes. Segundo os professores, dois
estudantes tentou entrar na reitoria, onde eles tinham ocupado,
ocasionando o bate-boca. Já os alunos, explicaram que a dupla foi beber
água e seguranças e professores impediram.
As negociações
com o governo do estado começou no dia 5 de novembro, um dia após a
confusão. Em reunião com o secretário estadual de Planejamento, Gestão e
Finanças, Tárcio Pessoa, os docentes repassaram as propostas e ficou
acordado que o governandor Ricardo Coutinho iria avaliar e, logo em
seguida, se reuniria com os grevistas. Com o início do diálogo, os
professores desocuparam a reitoria.
O governador
Ricardo Coutinho, o reitor da UEPB, Rangel Júnior, comando de greve e o
Ministério Público da Paraíba se reuníram na sexta-feira (13) e
debateram as propostas. O governo do estado prometeu, entre outras
coisas, melhorar a infraestrutura dos campi e um terreno para construção
de um campi próprio em João Pessoa. Segundo o comando de greve, os
docentes aceitaram as propostas, apesar de que nenhuma proposição sobre
salários tenha sido feita.
Nesta reunião,
ficou acertado que na segunda-feira (16) os grevistas fariam uma
assembleia para votar pelo fim da greve. A Associação dos Docentes da
UEPB (Aduepb) não convocou a reunião, quebrando o acordo feito. Por
causa disto, o MPPB ajuízou uma ção civil pública pedindo a abusividade
da greve. De acordo com a ação, a greve está prejudicando alunos e a
sociedade ‘diante da extrema essencialidade do serviço público de
educação’.
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